A origem medieval das universidades europeias


























Mapa retirado do acetato "Universidades europeias / Românico", História 7.º, Porto Editora

Depois do desaparecimento das escolas antigas foram os conventos que primeiro continuaram a transmissão das artes liberais. Carlos Magno, que compreendera a importância da escrita para todo o qualquer renascimento da Igreja ou do Estado, procurou criar escolas junto das igrejas episcopais e, mesmo, paroquiais e até dentro do seu próprio palácio. Em 1079, o Papa Gregório VII impôs que cada bispo mantivesse uma escola onde fossem ensinadas as "artes literárias". Mas já, em certas cidades, o afluxo de professores e estudantes e o alargamento do leque dos seus temas de reflexão impeliam o mundo das escolas a libertar-se da tutela dos bispos. O século XIII foi o triunfo de uma nova instituição, a Universidade, na qual se desenvolveu um método de ensino que fora criado nas escolas com base na leitura e comentário dos textos de autoridade: a escolástica. A Universidade, protegida tanto pelo papado como pelos poderes laicos, era simultaneamente uma federação de escolas e uma corporação de professores e estudantes, regida por estatutos ou privilégios que lhe eram próprios. O ensino das artes liberais envolvia as disciplinas de nível superior: o direito, a medicina e, principalmente, a teologia.

CARPENTIER, Jean e LEBRUN, François - "História da Europa", Ed. Estampa, 1993 (adaptado) 

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