O Nilo, Rio da Vida





























A cheia do Nilo marcou a vida dos antigos Egípcios, levando-os a basear o seu calendário no ciclo anual do grande rio, dividido em três grandes estações de quatro meses cada:

AKHET (Cheia): 19 de julho a 15 de novembro
A cheia do Nilo marcava o início do novo ano. Durante este tempo, os camponeses dedicavam-se a irrigar os campos e a armazenar a colheira anterior. Era um período de pouco trabalho, realizando-se numerosas festas religiosas, tal como o Festival de Opet.

PERET (Inverno): 15 de novembro a 15 de março
Nela tinha lugar a germinação da sementeira. As águas do Nilo retiravam-se, deixando sobre a terra uma fina camada de fértil lama negra. Nesta estação tinham lugar algumas cerimónias como o Festival de Min, no qual uma estátua deste deus da fertilidade era levada pelos campos para abençoar as colheitas.

SHEMU (Verão): 15 de março a 13 de julho
Era a estação da colheita. Era uma estação de trabalho duro, com a ceifa, a recolha dos cereais e a debulha. Também se produzia o vinho nesta época. Durante esta estação tinha lugar uma importante cerimónia religiosa, na qual as barcas de Amón, Mut e Khonsu - a tríade tebana - levavam as estátuas destes deuses a visitar os templos funerarios dos faraós.

Fonte: Revista "Historia. National Geographic", nº 104

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