Os nazis e a arte: degeneração vs nacionalismo

Os nazis, desde o início, defenderam um modelo artístico baseado num ideal greco-nórdico, no qual o homem ariano se mostrava musculado e a mulher esbelta e serena, tal como nas obras de Adolf Ziegler (1892-1959), permitindo apenas a existência de uma arte oficial "limpa", otimista e de cariz triunfante. Para Hitler e os restantes líderes nazis a arte moderna era uma monstruosidade de loucos, produto da incapacidade e da degeneração na arte. Também atacavam a cultura negra e denunciavam a influência perigosa do jazz. Em 1933 fundaram a Casa da Arte Alemã, onde apresentariam a Grande Exposição de Arte Alemã, em 1937. Ainda em 1933 iniciaram uma série de "exposições de vergonha" (Schandausstellungen), onde apresentavam o resultado da "barbárie cultural" de artistas como Chagall ou Munch, permitindo apenas a entrada a maiores de 18 anos porque consideravam que este tipo de arte envenenava o povo e a juventude. Goebbels iria também juntar obras de arte que estavam na posse do Estado para apresentar exposições de "arte degenerada" (Entartete Kunstausstellung), em cidades alemãs e austríacas, entre 1937 e 1945. Para os nazis, ser moderno era ser antialemão...


Adolf Ziegler, Os Quatro Elementos, 1937














Otto Dix, Metropolis, 1928

Mensagens populares